Prefeitura investe na Equoterapia

A Prefeitura de Rio Verde em parceria com o Sindicato Rural retomou hoje as aulas de equoterapia no Parque de Exposições Garibaldi da Silveira Leão. O Projeto foi implantado no ano passado e atende cerca de cinqüenta crianças portadoras de deficiências físicas e mentais. “A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicosocial de pessoas com necessidades especiais” explica a fisioterapeuta Ana Karina Gonçalves. A terapia é indicada para grande parte dos casos de paralisia cerebral, acidentes vasculares cerebrais, traumas crânio-encefálico, distúrbios visuais e auditivos, esclerose múltipla, atrasos maturativos, formas psiquiátricas de psicose infantil, hiperatividade, síndrome de down, dificuldade no aprendizado, timidez, amputações e coordenação motora. Segundo o coordenador do projeto, Alvanir Júnior, o cavalo é utilizado devido aos seus movimentos rítmicos precisos e tridimensionais. “Ao caminhar o cavalo se desloca para frente e para traz, para os lados e para cima e para baixo, e isso faz com que o praticante da equoterapia acompanhe os movimentos do animal, tendo que manter o equilíbrio e coordenação para movimentar simultaneamente o tronco, braços, ombros, cabeça e o restante do corpo, dentro de seus limites” explica Alvanir. Estes movimentos do animal provocam um deslocamento no centro gravitacional do paciente, desenvolvendo o equilíbrio, a normalização do tônus, o controle postural, a coordenação, redução de espasmos e respiração. Isto estimula o funcionamento de ângulos articulares, como os de músculos e da circulação sanguínea. A equoterapia é dividida em três fases. A primeira é a Hipoterapia, que é onde o paciente será conduzido e conhecerá o animal. A segunda fase é a Reeducação/Educação, onde o paciente vai ser ensinado a conduzir o cavalo e a terceira fase é o Programa pré-esportivo, onde o aluno vai exercer a equitação. Para participar das aulas o aluno deve ter indicação médica e não existe idade certa para começar. Marcos Prado, de 2 anos, é portador de síndrome de down e faz equoterapia há 8 meses. Segundo sua mãe, Gláucia Prado, quando Marcos começou no tratamento ele não andava e não se comunicava direito. “Com quatro meses de tratamento ele já começou a engatinhar e há três dias atrás deu seus primeiros passos” conta Gláucia. Além de desenvolver a parte motora, a fala também foi aprimorada. “Hoje em dia conseguimos entender o que o Marcos quer dizer e aos poucos ele está se comunicando melhor. Realmente este projeto é muito proveitoso, porque a gente percebe que é eficaz” diz Ruyter Dias, pai de Marcos. Quem estiver interessado em participar das aulas de equoterapia pode procurar o coordenador do projeto, Alvanir Júnior, no Sindicato Rural ou ligar para 9618-5011 ou 3613-0285.

Compartilhe notícia:

Lista telefones da Prefeitura