A Prefeitura de Rio Verde, através da Vigilância Epidemiológica informa que a Campanha Municipal de Combate a Hanseníase está sendo realizada do dia 24 de janeiro ao dia 04 de fevereiro nos Postos de Saúde, nas Estratégias Saúde da Família (ESF) e no Centro assistência integrada a saúde (Cais). No ano passado foram diagnosticados 50 casos da doença, em 2011 até o dia 26 de janeiro aconteceram 4 casos, sendo que na mesma época de 2010 foi notificado só um caso. Esse aumento aconteceu, pois em 2011 foi intensificado o trabalho de divulgação de informações sobre a doença. Os agentes de saúde visitam as casas, falam sobre a doença distribuem panfletos, convidam os moradores para assistir uma palestra no PSF e os possíveis contaminados são encaminhados para o Cais. “As pessoas vem até nós e às vezes não são diagnosticadas com Hanseníase, mas é bom elas virem porque assim elas recebem as informações e repassam para os conhecidos”, informou a Coordenadora de Controle da Hanseníase e Tuberculose, Eliane Ribeiro dos Santos. Segundo Eliane Ribeiro, no Cais o paciente passa por uma triagem e depois da avaliação é feito um exame, aquele que é diagnosticado é encaminhado para a fisioterapia, pois a doença pode atingir os nervos. “As pessoas que demoram para descobrir que tem a doença podem ter os nervos afetados definitivamente e ficar com alguma sequela, por isso todas as manchas com características de hanseníase devem ser examinadas”, ressaltou Eliane Ribeiro. O exame para o diagnóstico é feito com um líquido retirado da orelha, dos cotovelos e do local da lesão. As pessoas que convivem com a pessoa contaminada também fazem o exame, recebem acompanhamento e uma vacina BSG, pois ela aumenta a imunidade do paciente contra a doença contagiosa. Existem dois tipos de hanseníase, a contagiosa e a não contagiosa, a primeira dura cerca de 1 ano para ser curada e a outra cerca de 6 meses. A doença pode demorar de 2 a 5 anos para apresentar sintomas, a contaminação é feita pela respiração, por meio das gotículas eliminadas no ar pela tosse, pela fala e pelo espirro de uma pessoa com a doença. O Programa de Controle da Hanseníase adverte que as pessoas que tiverem manchas com perda ou alteração de sensibilidade ao calor, a dor e ao tato, ou então áreas com diminuição de pêlos e de suor no local, devem procurar os serviços de saúde mais próximos, pois podem ter a doença. “O objetivo da campanha é descobrir novos casos e ver onde é a fonte de contaminação e futuramente zerar os casos na cidade”, afirmou Eliane Ribeiro. Todos os casos de hanseníase têm cura, durante o tratamento a hanseníase não é contagiosa. Para quem precisa, ele é gratuito e o paciente tem uma vida normal no trabalho, na família e na sociedade. Fotos: Washington Oliveira Durante o tratamento a doença não é contagiosa A coordenadora Eliane Ribeiro acompanha a tratamento dos pacientes A Hanseníase não contagiosa, a contagiosa e a que atinge as crianças possuem remédios diferentes